Em termos mais práticos, é bom que você crie o hábito de acompanhar alguns indicadores que mostrarei abaixo (e faça isso com regularidade):
- Taxa SELIC;
- Inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo);
- Taxa de câmbio do Dólar;
- Índice Bovespa (que mede o desempenho das ações mais importantes na bolsa de valores).
Grande parte dos investimentos disponíveis para a pessoa física estão sob a influência destes indicadores. Conforme eles mudam, é necessário também realizar ajustes nos seus investimentos. Se isso não for feito, você poderá nem perceber que eles deixaram de gerar lucros e passaram a dar prejuízos.
É exatamente isso que aconteceu com a poupança. Muita gente ainda não percebeu que há tempos a caderneta de poupança está rendendo menos do que a inflação, ou seja, está gerando perdas reais de patrimônio. É verdade que muitos brasileiros já “acordaram” para isso, mas o recado ainda é válido.
O título público mais indicado para quem quer substituir a poupança por algo que vença a inflação é o Tesouro SELIC. Como o nome já diz, ele rende o valor da taxa SELIC na forma diária, ou seja, todo dia útil seu patrimônio cresce um pouquinho (fração diária correspondente à taxa anual).
Leitura recomendada: Tesouro Direto: Aprenda tudo sobre este investimento sem pagar nada!
Vamos supor que os juros (SELIC) comecem a baixar (e isso deve acontecer ainda este ano, provavelmente), e você não percebe este movimento, que será lento e gradual. Se você não prestar atenção e garantir um investimento pré-fixado (ou pós fixado com IPCA, por exemplo), poderá ver seu dinheiro render menos do o potencial disponível no mercado.
Calma. Eu dei apenas um exemplo e ainda não estamos neste momento, mas é importante ter atenção para esse tipo de movimento “suave”, pois do mesmo jeito que isso “pegou” aqueles que ainda estão com o dinheiro na poupança, o oposto também pode ocorrer.
Existem vários outros exemplos, como fundos de investimentos cambiais atrelados ao dólar, fundos multimercado com parcelas consideráveis dos investimentos na renda variável (bolsa de valores) e assim por diante. Mas você já entendeu a essência do recado: vigie a economia e procure traçar os efeitos dela nos seus investimentos.
Conclusão
Mais do que “faça isso” ou “faça aquilo”, meu pedido para você é mais simples, mas também mais trabalhoso: crie um compromisso real com o seu bolso! Assim, compreenda bem os fundamentos da educação financeira, tanto na parte técnica (os investimentos em si e a economia), como na parte comportamental, como sempre expomos em vários outros textos aqui no Dinheirama.
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