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Você se ofende facilmente? Cuidado! Isso pode afastar você das pessoas (e da riqueza)

Não tem muito tempo eu gravei esse vídeo que colocarei no fim do post. Como todo assunto, sempre há algo mais a ser dito, ou melhorado. O fato é que as pessoas sempre foram e sempre serão complicadas quando o assunto é comportamento.
Somos emocionais, instintivos e essa é a nossa natureza. Com a evolução, passamos a usar a razão. Mas fatos são fatos e os instintos são muito mais rápidos. É aquela coisa que quando você vê, já foi: já falou, já agrediu, já bateu…

O que fazer então?

A grande sacada é aprender a dominar essa força da natureza que habita cada um de nós. Alerta de spoiller: você (e nem ninguém) vai conseguir dominar totalmente essa fera. A propósito, você deve conhecer alguém que bate no peito e se diz a “pessoa mais racional que existe”. Bem, esses costumam ser os piores! Quem de fato é, não precisa ficar contando vantagem.
Infelizmente, essa ideia de “sermos totalmente racionais” nos é vendida por um monte de biografias dos “bilionários bacanões”. Daí para frente, você idealiza, acredita que aquilo é verdade e depois fica deprimido quando percebe que nunca vai ser como “seu ídolo”.
O que você não se atentou é: ele também não é assim. Mas se a história não ganhasse um “tchan”, quantos livros você acha que o pessoal venderia? 100% racional? Bobagem! Se conseguir chegar nos 20%, já será um “fora da curva”.
A diferença “dos caras” para o resto dos mortais é justamente essa: eles não são 100% racionais, longe disso, mas usam a razão de maneira acima da média e a paixão a serviço de seus sonhos e de suas empreitadas. É amigo, todos esses nomes que você pensou são pessoas muito passionais, contudo, canalizam essa energia para as coisas certas.

Acontece nas melhores famílias!

Aproveitando o tema, vou dar uma dica de livro que é o Disney Wardo autorJames B. Stewart, que conta a saga de sucessão para a presidência da Disney entre os anos 80 até os anos 2000, quando o atual CEO, Bob Iger, assumiu. Além da leitura ser ótima, foi escrita sem muitos “floreios”, de forma que as personalidades dos maiores executivos da indústria ficassem escancaradas.

O que o leitor atento notará é que são meninos grandes com um brinquedo de bilhões de dólares nas mãos. Orgulho, egos épicos e imaturidade marcam muitas das decisões que nortearam sucessos e fracassos retumbantes da Disney Company, o que corrobora com o que estou tentando expor aqui: pessoas são pessoas, não importa o cargo ou quanto dinheiro tenham.
A você e a mim resta algo simples: um exercício diário de tentar usar nossa razão para qualificar nossas emoções, porque, afinal, elas são necessárias. Uma das coisas que mais atrapalha é o “tomar para si” tudo o que é falado. Isto é, se ofender facilmente por qualquer coisa.
Direto ao ponto: ninguém nos ofende, nós é que nos ofendemos. Não dê aos outros tamanho poder sobre você, isso vai prejudicar muito sua vida.
É o que você encontrará no vídeo de hoje, algo muito comum em negociações; a grande maioria das pessoas toma como ofensa uma oferta muito abaixo daquilo que elas esperavam, seja por um carro, casa ou qualquer outro objeto. E, nesse momento, perdem a chance de continuar o processo e talvez fechar a venda.

Conclusão

Bons negociadores testam o vendedor antes de chegar perto da oferta que de fato eles estão dispostos a fazer. Essa é a hora do sangue frio para ter ao menos a chance de ver a conversa evoluir. Se você se ofender, a chance estará perdida.
Isso não quer dizer que não ficará nervoso, os batimentos não irão acelerar. Apenas que você terá calma para segurar o ímpeto em prol de algo muito mais importante do que seu orgulho. Vontade de mandar o cabra para “aquele lugar” todo mundo sente. Mas aqueles que seguram a onda, normalmente são os mais bem-sucedidos que conhecemos.

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