Pular para o conteúdo principal

Como garantir que a sociedade na empresa vai dar certo?

Equívocos recorrentes

Eventualmente, transformamos o cenário de convívio profissional em uma arena de conflitos, que muitas vezes resulta em rompimentos desnecessários e contraproducentes. Hoje vamos disponibilizar um roteiro que objetiva:
Amortecer o estresse em relacionamentos complicados de trabalho; e
Destacar alguns paradigmas e equívocos recorrentes que podem desestimular boas parcerias de trabalho.

Amortecendo o estresse

  • Não se esqueça: pessoas extremamente competentes e inteligentes geralmente não são de fácil convívio;
  • Procure manter o máximo de registros sobre as decisões e posicionamentos comuns diante das várias questões do dia a dia, com especial atenção para os temas estratégicos ou de grande impacto operacional;
  • Não dramatize desnecessariamente. Aprenda a tratar discussões acaloradas como algo normal, sem impactos para o lado pessoal. Passada a discussão, atue com o máximo de naturalidade;
  • Não exija comportamentos e posturas perfeitas, sacadas dos manuais do “bobajal corporativo”. Fuja de decepções desnecessárias;
  • Filtro e sensibilidade para uma boa percepção. Saiba segregar aquilo que é inaceitável para você daquilo que entende como normal, ou mesmo recomendável e ideal. Agindo assim, conseguirá abrir mão de “pontos” que estejam em conflito de forma muito mais natural;
  • Seres humanos são vaidosos na maioria dos casos. Aceite isso. Reconheça os êxitos e o sucesso da outra parte;
  • Divida o êxito em comum;
  • Saiba reconhecer os próprios erros e esteja disposto a se desculpar sempre que necessário;
  • Nunca, em hipótese alguma perca a calma e nem eleve o tom de voz;
  • Tenha sempre a consciência de que você certamente não será o único no seu quadro societário a empenhar esforços. Ou seja, compreenda que para o “outro lado” o difícil talvez seja você mesmo.
Algumas posturas e comportamentos podem desestimular a mais sinérgica das sociedades. Sabemos que uma boa sociedade não necessita apenas de uma boa gestão de estresse nas relações, mas essencialmente de bom estímulo.
É obvio que isso passa por uma boa calibragem de posturas, comportamentos e interpretação dos fatos. Neste campo há sempre muito o que se fazer, e, no fundo, todos os “sócios” sabem bem como proceder para garantir uma parceria profissional estimulante.
Mas antes disso é importante compreendermos algumas armadilhas que podem acabar com o seu casamento profissional. Vamos lá:
  1. Deixar a vaidade dar o tom do relacionamento societário. Por mais natural que seja, não a condicionar a um patamar razoável pode ser muito destrutivo;
  2. Não atuar com transparência e clareza no que diz respeito às suas atividades e/ou informações apuradas/controladas diretamente ligadas ao seu escopo de atividades. Uma sociedade se constrói pelo compartilhamento constante;
  3. Uma atitude excessivamente controladora e asfixiante. É a típica postura movida por insegurança, que resulta no estrangulamento das melhores relações profissionais;
  4. Alimentar a concepção de que a sua maneira de ser e agir é a mais correta e de que nada que seja alheio ou diferente disso possa funcionar. Você pode perfeitamente ter total confiança no seu próprio modelo de conduta, mas assumir que este seja o único viável pode ser um erro fatal;
  5. Não trabalhar com escopos definidos de responsabilidade e apostar na crença de que o caos constrói. O problema aqui é que o caos, geralmente, só produz o próprio caos;
  6. Não praticar o diálogo constante para tratar as diferenças. Pode até tomar um certo tempo, e pode também consumir muito da sua escassa paciência, mas tenha a certeza de que problemas escondidos para baixo do tapete acabam por consumir muito, mas muito mais do que isso;
  7. Discussões pesadas e desautorização pública diante dos outros colaboradores.Poucas atitudes poderiam ser mais destrutivas. Tratem as diferenças em conversas reservadas, e dotados de frieza e muita paciência.
Por último, destaco que uma composição societária saudável e produtiva realmente demanda dedicação, paciência, estratégia e maturidade, mas o esforço vale a pena.
Caso não esteja convencido, experimente viver uma sociedade problemática. Ai sim verá o que é tempo consumido, dinheiro jogado fora, e energia dispendida para solucionar complicações. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como criar o hábito de gerenciar as finanças da empresa?

             Não há dúvidas: é bem difícil que uma pequena ou média empresa sobreviva se não tiver um controle sobre as finanças, o que obriga o empreendedor a aprender e realizar um bom gerenciamento do caixa, da receita e dos gastos. Sem esse olhar sobre o empreendimento, qualquer investimento que se faça em produto, divulgação, comunicação ou mão de obra será perdido ou, pelo menos, prejudicado.             É importante criar uma rotina para que o controle das finanças da empresa esteja naturalmente sob o domínio constante do gestor. Uma ação como essa evitará surpresas desagradáveis e problemas futuros na organização.             Infelizmente (ou felizmente), ainda não existe um segredo para que se alcance essa gestão controlada. O que se tem é trabalho árduo, muita paciência e uma visão detalhada de todo o processo (os detalhes são fundamentais para a melhora da situação). ...

4 ideias de negócio "copiadas" de outros países que estão fazendo sucesso no Brasil

Você já ouviu falar em  copycat ? O que é isso? Um desenho animado? Um novo super-herói? Um prato exótico? Nada disso!  Copycat  é uma expressão em inglês que, no mundo do empreendedorismo, quer dizer copiar um modelo de negócio já testado e aprovado em outro país, trazendo-o para um país que ainda não o conhece. “Aquela máxima de que ‘nada se cria, tudo se copia’ também se aplica ao mundo dos negócios. Nesse sentido, os empreendedores buscam o que está dando certo e tentam adaptar para a nossa cultura” , analisa Alessandra Andrade, coordenadora do Centro de Empreendedorismo da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Foi com essa estratégia que conhecemos, por exemplo, em 2010, os sites de  compras coletivas . Quando chegou ao Brasil e virou uma febre, o modelo já fazia sucesso lá fora. Por aqui, a aceitação foi tão boa que outros brasileiros decidiram fazer  copycat  do  copycat , e logo o Peixe Urbano, o precursor do modelo no Brasil, ganh...

Como a Netshoes transformou-se em um fenômeno do e-commerce brasileiro

Françoise Terzian Divulgação Em 2000, os primos descendentes de armênios Marcio Kumruian e Hagop Chabab abriram uma loja de sapatos na Rua Maria Antônia, a poucos passos da Universidade Mackenzie (SP). Dois anos depois, eles resolveram investir no comércio eletrônico. No primeiro mês, não venderam um único par de calçados. No segundo, idem. No terceiro, venderam um par. Já no quarto, dois. De repente, sem o mercado perceber, a Netshoes transformou-se em um fenômeno do e-commerce. Quando sua presença foi sentida, ela já era grande demais. Hoje, o negócio que tem vários investidores internacionais como o GIC (fundo soberano de Cingapura) e o International Finance Corporation (membro do Grupo Banco Mundial), é o maior comércio eletrônico de artigos esportivos do mundo, segundo o Internet Retailer. Com atuação no Brasil, na Argentina e no México, a Netshoes tem mais de 2 mil colaboradores e cerca de 40 mil artigos esportivos provenientes de 300 marcas, além de cerca de uma dezena d...