Não existe uma fórmula mágica e
transformadora que permita, do dia para a noite, deixar as pessoas mais
ricas (ou menos pobres), mas posso afirmar categoricamente que é
possível identificar caminhos que conduzem a uma vida mais próspera e
feliz.
A frase de Machado de Assis, “O dinheiro não traz felicidade para quem não sabe fazer com ele”,
retrata bem a relação que o brasileiro tem com o dinheiro. A felicidade
não está no dinheiro em si, mas na relação que mantemos com ele, que
nem sempre é transparente e sadia.
Depois de anos cheios de denúncias de
corrupção, onde o cerne do problema foi (e ainda é) a má utilização de
recursos públicos (dinheiro na cueca, na mala, em sacos pretos
transportados por lá e acolá), fica a impressão de que ser bem-sucedido
financeiramente é um pecado mortal.
Para refinar esse sentimento, mostrando
que a relação com o dinheiro não precisa ser baseada em falcatruas e sim
em perspectivas reais e boas decisões, preparei esse texto em que
procuro discutir oportunidades e caminhos de transformar sua vida para
melhor, fazendo do dinheiro uma ferramenta que potencializará suas
possibilidades de ser feliz.
3 passos para mudar sua vida e fazer do dinheiro um grande aliado
Imagine que todos os dias temos a
responsabilidade de escolher caminhos que nos façam seguir rumo a um
futuro melhor. Certo, a escolha nem sempre é fácil porque quase sempre o
que é melhor para o nosso futuro torna o presente um momento de mais
privações, e o poder da felicidade e bem-estar imediatos são forças
extremamente poderosas.
O texto de hoje nasceu justamente com a
perspectiva de trazer esse debate sincero e importante sobre os melhores
caminhos que podem nos deixar mais ricos, mas principalmente mais
felizes, já que a ferramenta “dinheiro” quando bem utilizada pode abrir
diversas possibilidades neste sentido.
1. Faça de sua vida um eterno aprendizado
Vivemos em um mundo cheio de oportunidades e nunca foi tão fácil aprender
não só sobre finanças, mas sobre tudo. A internet democratizou o aprendizado e hoje existe conteúdo de sobra, com milhares de horas de estudo, e boa parte disso distribuída de forma gratuita.
não só sobre finanças, mas sobre tudo. A internet democratizou o aprendizado e hoje existe conteúdo de sobra, com milhares de horas de estudo, e boa parte disso distribuída de forma gratuita.
Nós, mesmo aqui no Dinheirama, já
desenvolvemos em parceria com empresas parceiras material de qualidade,
criados com a simples perspectiva de oferecer a chance de elevar o
conhecimento de educação financeira nas pessoas.
Quero destacar dois eBooks que abordam temas extremamente interessantes:
Esses foram só dois exemplos de como
existem ótimas possibilidades para quem busca conhecimento na internet.
2. Torne mais sadia sua relação com o consumo e o crédito
Depois de anos de superinflação, o Brasil
encontrou, há duas décadas, a estabilização econômica através do Plano
Real. É verdade que estamos passando por um momento especialmente
delicado, mas o que acontece agora (apesar de ser preocupante) não chega
nem perto do que acontecia nas décadas de 80 e boa parte dos anos 90.
Naquele tempo, o medo da desvalorização do
dinheiro da noite para o dia fazia com que as famílias corressem para
gastar o dinheiro rapidamente. Guardar dinheiro naquela época e falar
sobre educação financeira era uma verdadeira utopia.
O Conrado Navarro, aqui mesmo no Dinheirama, alguns anos atrás, fez uma resenha do livro “Saga Brasileira” (clique para ler), escrito pela jornalista Miriam Leitão, que conta em detalhes a realidade daquele triste período:
“As estatísticas do IBGE registram o tamanho da saga brasileira: nos 15 anos anteriores ao Plano Real (jan/1980 a dez/1994), a inflação acumulada foi de 13.342.346.717.617,70%, em resumo, 13 trilhões e 342 bilhões por cento. Nos 15 anos posteriores ao Real (jan/1995 a dez/2009), a inflação acumulada foi de 196,87%” (Miriam Leitão – A Saga Brasileira)
Os anos foram passando e o país foi se
transformando. Nosso sistema financeiro se tornou mais complexo e foram
surgindo oportunidades de investir e, sobretudo com a inflação
controlada (de forma minimamente aceitável), realizar algum planejamento
financeiro.
A sede de consumo e o costume de consumir
rapidamente (característica que ficou no DNA do povo desde aquele
período de superinflação), somados ao crédito fácil que começou a ser
disponibilizado também após o Plano Real, criaram no brasileiro a
“vítima” perfeita para os bancos e financeiras.
A facilidade e a sensação de ter cada vez
mais escondem uma grande cilada para as pessoas: os altos juros do
crédito no Brasil – no decorrer dos anos, cada vez mais encontramos
pessoas que se afundaram com a mistura perigosa de crédito fácil e juros
elevados.
O cheque especial e o rotativo de cartão
de crédito passaram de ferramentas de realização de sonhos a verdadeiras
armas de destruição em massa, afetando a vida das pessoas no trabalho e
em casa.
No nosso atual cenário (2018), olhamos a
tendência do crédito se tornar ainda mais caro, portanto é indispensável
que passemos a adotar uma postura mais conservadora e franca com o
dinheiro, apostando definitivamente no “consumo consciente” e no
pagamento à vista.
Chega de dinheiro emprestado, tanta dívida
e financiamento para tudo! O caminho agora deve ser outro, mais focado
em você e em suas prioridades: defina melhor seus objetivos e passe a
economizar/poupar para conquistá-los, apostando sempre em uma boa
negociação.
3. Invista, invista e invista!
É difícil encontrar alguém que não concorde com o discurso de que “é importante poupar para o futuro”.
O discurso, como já sabemos, nem sempre condiz com a prática, por isso
temos no país uma realidade triste, principalmente quando o tempo passa e
as pessoas chegam no momento da aposentadoria.
Hoje, posso afirmar sem medo de errar que
grande parte dos aposentados no país acaba vivendo com o amparo
financeiro dos familiares e amigos (e da caridade de estranhos), já que o
que suas aposentadorias e pensões não garantem muitas vezes nem a
compra dos remédios.
Já sabemos que a expectativa de vida do
brasileiro está crescendo cada vez mais. Viveremos mais, que bom!
Acontece que também existe boa dose de realidade neste fato: para
desfrutar com mais qualidade deste tempo maior de vida é fundamental que
comecemos a preparar o bolso.
A análise fria do assunto faz com que
fique claro que o atual sistema previdenciário não conseguirá oferecer
às pessoas nem mesmo o pouco que já oferece hoje, afinal se viveremos
mais, passaremos mais tempo como beneficiários e sem contribuir para o
sistema. O colapso está a caminho.
É claro que mais cedo ou mais tarde uma
reforma na Previdência acontecerá e precisará cortar o tamanho dos
benefícios e elevar o tempo de contribuição no sistema para concessão
das aposentadorias, mas quando isso acontecerá? Quem pagará a conta até
que isso seja alterado? Existem especialistas que julgam necessário que
mesmo os aposentados (no futuro) precisarão continuar contribuindo com a
previdência.
A realidade é uma só: para garantir o
futuro, não podemos esperar mais nada. Comece o seu planejamento
considerando como será sua realidade, desejos, vontades e necessidades
lá na frente. Aprenda que quanto maior o tempo até lá, mais
oportunidades e menores quantidades de dinheiro serão necessárias para
construir seu futuro ideal.
Aqui o recado é claro: invista, invista e
invista! Ou você prepara o próprio futuro ou terá que depender de muitas
outras coisas e pessoas para vivê-lo com alguma dignidade. Não pague
nem espere para ver, isso pode ser ainda pior.
“As pessoas dividem-se entre aquelas que poupam como se vivessem para sempre e aquelas que gastam como se fossem morrer amanhã” (Aristóteles)
Conclusão
Espero sinceramente que você tenha gostado
do artigo, não apenas pelas palavras, mas pela importância do tema
“dinheiro e felicidade”, que com a devida atenção pode levá-los a
caminhos mais interessantes.
Um exercício bacana é olhar com cuidado o
atual cenário do país e imaginar seu futuro diante dos acontecimentos.
Como você se enxerga daqui 10, 20 anos a julgar pelos rumos do país? O
que você pode fazer para mudar o quadro, se ele não te agradar?
Tenho certeza que para todos é possível
melhorar a cada dia ouvindo conselhos de gente que possui conhecimentos
sobre os mais diversos assuntos, mas acredito mesmo é na mudança de
postura. Se o futuro que você viu não está legal, é hora de mudar as
coisas neste sentido.
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